Você sabe o que é job hopping?

O que é job hopping

Você sabe o que é job hopping ou já ouviu o termo job hopper? Durante muito tempo os profissionais que permaneciam durante um longo período na mesma empresa eram vistos de forma positiva, tanto pelos profissionais com postos mais altos na hierarquia, quanto pelos talentos que estavam iniciando na organização.

Mas, afinal, quanto tempo ficar em uma empresa? Qual é a relevância disso?

Ao analisarmos essas questões, percebemos que não há uma resposta correta, pois existem diversos fatores que precisam ser levadas em consideração. E é nesse momento que o job hopping aparece como contraponto aos “profissionais de carreira”, que passam a vida inteira na mesma, ou em poucas empresas.

Os job hoppers são os talentos que mudam de empresa com frequência. Os jovens talentos são os maiores participantes dessa tendência.

Para compreender melhor sobre o tema, vamos detalhar o que é job hopping, suas vantagens e desvantagens e como o RH precisa atuar para não perder seus melhores talentos. Confira!

 

O que é job hopping?

Em tradução livre, job hop significa “pular de emprego”, portanto, job hopping significia “pulando de empregos” e job hopper “pulador de empregos”. No mercado de trabalho, o profissional que muda de emprego com frequência é mais comumente taxado como “profissional pula-pula”.

O job hopping é uma tendência praticada principalmente pelos profissionais da geração Z, que mudam de trabalho em curtos períodos de tempo.

O motivo da mudança frequente podem ser muitos, variando desde talentos que buscam por mais desafios e maiores remunerações, e não querem se acomodar em uma mesma empresa, até mesmo a incapacidade de dar sustentação a uma rotina de trabalho de longo prazo.

Se antes essas pessoas eram malvistas pelos recrutadores, atualmente esses profissionais pula-pula passaram a ter mais oportunidades no mercado de trabalho, principalmente os profissionais com perfil digital e aqueles que possuem profissões em alta e que são disputados pelas instituições.

Ainda existe uma certa desconfiança e medo de contratação de profissionais que são job hoppers, porém cada vez mais recrutadores buscam entender os motivos das mudanças profissionais.

Não há uma regra com relação ao tempo de permanência desse colaborador na empresa, porém, é comum que fique menos de 2 anos em cada emprego.

 

Qual é o perfil de um job hopper?

Por mais que o job hopping esteja se tornando cada vez mais comum no mercado de trabalho, não é para todos os profissionais e nem para todas as empresas.

Essa prática costuma ser mais realizada pela geração dos millenials e nativos digitais, e são mais comuns em mergados digitais e de alta demanda, como o setor de Tecnologia. Também é bastante comum ver o job hopper atuando com o modelo de contratação de PJ, autônomo ou freela, pois muitas vezes prefere trabalhar por projetos a algo fixo e de tempo indeterminado.

Além disso, ao entrevistar um profissional pula-pula é importante entender as características do candidato job hopper.

 

5 características para avaliar em um job hopper

Como mencionado, o mercado está aceitando melhor profissionais com um perfil de job hopper, porém existe ainda uma grande desconfiança de profissionais que mudam de emprego rapidamente. O grande medo das organizações é contratar e investir no profissional e ter um turnover antes que o profissional consiga agregar o valor esperado no trabalho.

    1. Capacidade de aprendizagem;
    2. Adaptabilidade;
    3. Relacionamento interpessoal;
    4. Tolerância ao risco;
    5. Protagonismo na carreira.

Capacidade de aprendizagem

É necessário entender se o perfil tem muitas mudanças de emprego em um curto período de tempo porque é curioso, ambicioso e investe em educação continuada e no lifelong learning buscando constantemente se aprimorar e ter novos desafios que o estimulem, ou se é um profissional incapaz de permanecer em um emprego pela falta de competência e qualificação para desenvolver o trabalho e se desenvolver.

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Adaptabilidade

Por mais que tenham sido breves, entenda como foram as passagens do profissional job hopper pelas empresas. Pode ser que o profissional se adapta rapidamente e conseguiu surpreender com as entregas, agregando bastante valor e impacto positivo na empresa em um curto período de tempo.

O contrário também pode acontecer, o profissional não se adapta as novas experiências ou não consegue entregar resultados conforme o esperado e pedindo desligamento ou é demitido da empresa.

Relacionamento interpessoal

Esse tipo de profissional costuma desenvolver grandes habilidades de comunicação e negociação. Inclusive, para conseguir fazer suas diversas movimentações profissionais, precisa conseguir convencer o recrutador e gestor de que é a pessoa certa para o desafio.

Tolerância ao risco

Os job hoppers tendem a ser profissionais com alta tolerância ao risco. Ao invés de se manterem em um ambiente conhecido, é muito comum preferirem explorar novas alternativas e possibilidades que estejam mais alinhadas com seus objetivos pessoais e profissionais.

Protagonismo na carreira

Os job hoppers são protagonistas de suas próprias carreiras. Como não fazem uma trilha de carreira tradicional, de acordo com o planejamento de carreira proporcionado pela empresa, são profissionais que definem o seu próprio caminho. Por isso, o sucesso profissional desse profissional depende de si mesmo.

 

O que motiva o job hopping?

É importante compreender que essa tendência se fortalece a partir de alguns fatores importantes. Confira a seguir 8 motivos para o job hopping.

    1. Curiosidade: os job hoppers são curiosos e inquietos, e tendem a embarcar com facilidade em novos projetos.
    2. Remuneração atrativa: a busca por melhores salários e benefícios flexíveis, também é fator determinante para o job hopping.
    3. Qualidade de vida no trabalho: nunca se falou tanto sobre propósito, sobre equilíbrio na vida pessoal e profissional e flexibilidade.
    4. Desapego: os talentos que se enquadram nessa categoria não são apegados às empresas em que atuam, portanto se não faz mais sentido permanecer, não se intimidam em solicitar o desligamento.
    5. Busca constante por desenvolvimento profissional: para os job hoppers a mudança constante de emprego pode estar ligada à busca de algo que não estão encontrando no trabalho, como desenvolvimento profissional.
    6. Imediatismo: no job hopping existe uma compreensão de que os planos devem ser realizados a curto prazo, alavancando ainda mais as mudanças de emprego pelo imediatismo.
    7. Desmotivação: a motivação interna e externa está ligada aos estímulos que criamos e que são enviados diariamente. Portanto, se no âmbito profissional não há ou são insuficientes, os job hoppers não hesitam em buscar novos desafios.
    8. Querem ser ouvidos: esses profissionais almejam por atenção e que suas opiniões sejam ouvidas e, sempre que possível, consideradas. São mais propensos a preferirem uma gestão horizontal e participativa. Caso não acreditem que isso está acontecendo, começam a planejar sua mudança.

 

Quais as vantagens e desvantagens do job hopping?

Quando analisamos o mercado atual e os novos profissionais que estão ingressando, muitos com esse perfil, precisamos compreender e nos adaptar, para que a empresa não seja prejudicada pela performance e/ou pelos resultados.

Para isso, é possível destacar a vantagem de que existirão profissionais qualificados, disponíveis e interessados em trocar de empresa.

Porém, há a desvantagem e desafios relacionados a retenção desses profissionais pula-pula, levando a empresa a um ciclo de constantes mudanças que afetará as equipes, os processos, o clima, o engajamento e os resultados.

Outra questão é que nem todas as empresas estão dispostas a aceitarem profissionais com esse perfil, pois não sabem por quanto tempo esse colaborador permanecerá e têm receio de investir em um projeto. O que faz com que muitos talentos com maior permanência e contribuição em empresas anteriores tenham a prioridade em processos seletivos.

 

Como o RH pode atuar na retenção dos job hoppers?

Conforme observado nos tópicos anteriores, devido à inconstância e os anseios que levam ao job hopping, cabe ao RH 5.0 investir em alguns elementos estratégicos capazes de reter esses talentos, tais como:

Dessa forma será possível manter esse talento por mais tempo na organização e receber em troca todos os benefícios que o perfil oferece.

Ainda, existe a possibilidade de contratar empresas de recrutamento especializado, ou seja, headhunters prontos para ajudar a identificar e atrair o melhor profissional de acordo com o desafio da vaga e a demanda da empresa.

 

Conclusão

O mercado de trabalho muda constantemente e ao saber o que é job hopping e como lidar com esse novo perfil de profissional, é extremamente importante para refletir sobre quais estratégias utilizar, de acordo com as necessidades do negócio e não sofrer com o turnover.

Gostou de saber sobre o que é job hopping e quer ficar por dentro das constantes mudanças do mercado de trabalho? Acesse o blog da Sim Carreira!

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