Você tem dúvida sobre quanto tempo é bom ficar em uma empresa? Durante muito tempo, a competência do empregado era definida pelo tempo que ele permanecia na organização, independentemente dos seus feitos durante a trajetória. Quanto mais tempo, mais status a pessoa tinha.
Atualmente, esse padrão tem se tornado cada vez mais obsoleto e os profissionais estão passando a enxergar o tempo no mercado de trabalho como um período de evolução, aprendizado e felicidade, independente se o seu plano de carreira for crescer dentro de uma organização durante um tempo maior ou dentro de várias empresas com tempo menor.
E quando a adaptação na empresa não acontece como o esperado ou a carreira fica estagnada e não há perspectiva de crescimento? Nesses casos, muitas pessoas se perguntam quanto tempo é bom ficar em uma empresa antes de buscar uma recolocação profissional e transição de carreira.
Afinal, quando é a hora certa de buscar novas possibilidades e construir uma nova história? Será que tem tempo certo para encerramentos de ciclos? Será que o mercado de o trabalho e os headhunters consideram o tempo de permanência em cada emprego na busca do candidato ideal?
Nesse artigo, vamos conhecer quanto tempo é bom ficar em uma empresa. Continue a leitura para entender o tempo ideal de permanência em cada emprego antes de partir para uma próxima oportunidade.
O tempo em uma empresa é relevante
Quando um recrutador questiona sobre o tempo que o candidato permaneceu nas empresas anteriores, seu objetivo não é desclassificar o profissional devido ao período, mas sim entender quais foram as realizações dessa pessoa durante a sua trajetória naquele período, e as razões que levaram o profissional a sair daquela oportunidade para ingressar na próxima.
Essas perguntas sobre tempo de permanência em uma empresa e o que fez o profissional mudar de emprego fazem parte de um roteiro de entrevistas que geralmente serão perguntadas.
Afinal, o RH busca saber quais foram as conquistas dentro do período trabalhado na empresa e os motivos que levaram a pessoa a sair para então avaliar se o comportamento se repetirá na vaga em questão.
Então a resposta de quanto tempo é bom ficar em uma empresa é relativo e, depende! O que é certo é que será questionado sobre o tempo de permanência e motivos para mudanças pelos recrutadores.
Ficar muito tempo em uma empresa pode prejudicar a carreira?
Se você está há muito tempo em sua empresa e está preocupado de que ficar muito tempo em uma empresa pode prejudicar a sua carreira, tenha em mente o seu crescimento profissional dentro da mesma empresa.
Para quem se sente confortável ou até mesmo busca estabelecer um vínculo durante anos em uma mesma organização, a atenção deve estar na busca pela evolução profissional, na educação continuada.
Ficar largos períodos de tempo em uma empresa é muito bem-visto quando o profissional possui uma história de evolução, e conquistas.
Agora, ficar estagnado na mesma função não faz bem nem para a motivação e desenvolvimento pessoal, nem para a sua imagem diante de um potencial empregador.
Não é um problema quando o profissional está a muito tempo com o mesmo empregado. Inclusive, muitas vezes isso é bem-visto, especialmente se profissional possui um plano de carreira crescente, com experiência em novos cargos, novos projetos ou novas atribuições.
E isso não significa, necessariamente, promoções verticais, mas sim maiores responsabilidades e desafios que deixem o colaborador mais completo, experiente e motivado.
Além disso, quando a pessoa é compatível com a cultura organizacional e se sente desafiada e feliz, automaticamente ela busca o lifelong learning para agregar ainda mais em sua trajetória e beneficiar a empresa com novas atribuições.
Essas mudanças internas são essenciais e positivas aos olhos do mercado, pois é como se a pessoa tivesse passado por várias empresas e elevado seu nível de experiência dentro de uma única organização.
Pontos de atenção em permanência longa na mesma empresa
Para que o profissional evite eventuais questões que atrapalham a carreira de um profissional cuja permanência em uma empresa tenha sido longa, destacamos 4 dicas para ter em mente e exercitar:
- Continuar aprendendo e se desenvolvendo, assumindo novas responsabilidades e desafios;
- Manter-se atualizado quanto ao mercado de trabalho e sua área de especialidade;
- Ser flexível e manter a mente aberta quanto a melhores práticas;
- Conseguir adaptar-se a novas situações, dinâmicas, pessoas, processos e culturas.
Ficar pouco tempo na empresa é ruim?
Em contrapartida, muitos profissionais se perguntam quanto tempo é bom ficar em uma empresa, pois tem receio de ficar pouco tempo no emprego e ser malvisto pelo mercado.
Uma permanência curta no emprego pode sugerir que a pessoa é imatura, não consegue se adaptar, não sabe o que quer, não tem resiliência ou até mesmo que se frustra rapidamente, e é por isso que é tão importante que o recrutador pergunte sobre a trajetória e os motivos que a fizeram desistir da oportunidade.
Afinal, o recrutador está tentando entender o que houve e reduzir as chances de que o problema que levou o profissional a ficar pouco tempo em outra experiência, se repita novamente, pois contratar a pessoa errada é bastante oneroso para a empresa e prejudicial ao funcionário.
Mas um tempo curto de permanência no emprego não é necessariamente negativo desde que a justificativa seja plausível. Pode ser, por exemplo que a empresa descreveu atribuições do cargo, cultura da empresa ou até mesmo descreveu a remuneração de forma divergente do que a realidade, e ao perceber um desalinhamento entre o que foi combinado e o que estava sendo exercido, que o profissional tenha optado por sair e buscar por algo mais adequado.
É melhor que o profissional tome uma atitude, seja protagonista de sua carreira e faça uma mudança, do que ficar um período longo em uma empresa, mas insatisfeito e sem realizações.
Pontos de atenção em permanência curta na empresa
Para que o profissional evite eventuais questões que atrapalham a carreira de um profissional cuja permanência em uma empresa tenha sido curta, destacamos 4 dicas para ter em mente e exercitar:
- O que o motiva e quais são seus objetivos? Ao ter isso claro e definido, o indivíduo estará mais propício a escolher uma empresa que proporcione aquilo que busca.
- Quais são os motivos para você avaliar a saída da empresa? Ao entender o que fez o profissional avaliar uma mudança, o profissional terá o aprendizado para evitar que esses pontos se repitam em uma nova empresa e até mesmo saber como lidar melhor com eles.
- Entender que dificuldades e desafios existirão em qualquer trabalho;
- Avaliar se fechou ciclos antes de mudar de emprego, pois é muito comum e prejudicial ver profissionais plantarem os frutos, mas saírem antes de colherem os resultados.
O que é o profissional pula-pula?
Você já ouviu falar no profissional pula-pula? O rótulo de um profissional pula-pula entre os recrutadores existe e significa que o profissional possui uma trajetória instável, ficando pouco tempo em empresas distintas.
É importante ressaltar que o tempo de permanência para ser considerado pula-pula é subjetivo, mas de forma geral, também vem reduzindo considerando a maior frequência de mudanças de carreira que as pessoas vem tendo.
Dito isso, o profissional pula-pula não é bem-visto porque entende-se que em diversas oportunidades, não conseguiu fechar ciclos e ter realizações relevantes e concretas. Existe o medo de que caso a empresa venha a contratar o profissional, logo mais sairá por algum motivo sem agregar valor à empresa que investiu em sua contratação.
Quanto tempo é bom ficar em uma empresa?
Sabe aquela frase: “Foi bom enquanto durou!”? Pois é assim que devemos analisar todos os ciclos de nossas vidas.
Com a trajetória profissional não deve ser diferente, precisa fazer sentido, precisa ter aprendizado, precisa ter evolução, precisa fazer feliz. Nunca a saúde mental do colaborador foi tão levada a sério como atualmente, pois os problemas psicológicos são as principais causas de afastamento do trabalho. Prejuízo para as empresas e para as pessoas que precisam cuidar desses transtornos.
Portanto, para analisar se a trajetória está acontecendo conforme o esperado é necessária uma boa dose de autoconhecimento, pois é assim que identificamos nossas aptidões, nossos objetivos e nossos sonhos.
Então, antes de ingressar em um novo emprego, faça uma avaliação se é uma oportunidade mutualmente benéfica e do interesse da empresa e seu.
Se você acabou de entrar em uma instituição ou está há muito tempo na mesma empresa, verifique se a sua trajetória e se seus planos comportam esse lugar no curto, médio e longo prazo.
A resposta está dentro de cada um, e tão importante quanto o tempo de permanência em uma empresa em si, é o que você fez durante esse período.
Então, o tempo ideal de permanência é aquele em que você se desenvolveu, agregou conhecimento e se realizou como profissional contribuindo para os resultados dos lugares por onde esteve.
Conclusão da permanência no emprego
Se você está perguntando para outros profissionais quanto tempo é bom ficar em uma empresa, reflita, o quão bom está sendo aquela empresa para você e para o seu crescimento?
No mercado de trabalho, não existe um tempo padrão de permanência em uma empresa considerado bom ou ruim, afinal, o que importa mesmo é o que é feito durante esse período.
Por isso, o RH enxerga cada caso como único e busca entender os fatores do pouco ou do longo tempo em que o colaborador ficou na organização.
É nesse momento que o talento deve destacar sua evolução, suas conquistas, contribuições e objetivos.
Independente se foi uma passagem curta ou uma história longa, o que importa é o que você aprendeu, as contribuições que você deixou e as realizações que você teve naquele período.
Portanto, ao se questionar por quanto tempo é bom ficar em uma empresa, comece a pensar: o que eu tenho a aprender e quanto tempo eu tenho para fazer a diferença na minha trilha de carreira e nessa organização.
E, caso perceba que está na hora de dar uma pausa na carreira, não deixe de ler nosso artigo sobre: “8 atividades de o que fazer no ano sabático” e aprenda como criar fôlego para novas realizações profissionais.
CEO de Empresa de Recrutamento e Seleção e Headhunter Especializado