Diversidade e Inclusão no Mercado de Trabalho

Diversidade e inclusão no mercado de trabalho

O Brasil é um país de mais de 200 milhões de pessoas únicas, mas a maioria delas tem um desejo em comum: conseguir uma oportunidade no mundo dos negócios e construir a sua carreira. Pensando nisso, é cada vez maior o número de instituições que estão investindo na diversidade e inclusão no mercado de trabalho, que também vem sendo objeto de atenção pelos próprios profissionais e pela sociedade como um todo.

Trabalhar em uma empresa que incentiva a diversidade e a inclusão é o desejo de muitos profissionais, pois essas empresas se tornam referência de marcas empregadoras e lideram iniciativas que colocam em prática a importância das diferenças para o desenvolvimento dos indivíduos, o crescimento do negócio e uma melhoria na sociedade. Ainda, as empresas conhecidas como socialmente inclusivas também tendem a ser locais de trabalho que valorizam os seus funcionários.

Entender os desafios e a importância da diversidade e inclusão no mercado de trabalho para as empresas e para os profissionais é o nosso conteúdo de hoje. Então, continue a leitura e saiba mais!

 

O que significa diversidade e inclusão no mercado de trabalho?

Não se pode ignorar a pluralidade da sociedade em que vivemos. Por isso, cada vez mais empresas estão buscando novas formas de investir com responsabilidade, em todos os profissionais ativos no mercado, independente de raça, cor, etnia, país de origem, idade, sexo, gênero, religião, orientação sexual, estado civil, especificações genéticas ou físicas.

Essa fatia da comunidade economicamente ativa não deve ser ignorada pelas empresas, não apenas por consistirem em distinções infundadas, mas igualmente por não dependerem de estrutura significativa para sua atuação.

Trata-se de profissionais que, caso competentes em sua técnica, têm muito a oferecer para a empresa e suas equipes. Por isso, incluir essas pessoas no corpo funcional vai além de preencher uma vaga, é proporcionar uma oportunidade de crescimento para o indivíduo e para a própria empresa, acompanhando as transformações sociais que vêm ocorrendo ao longo das últimas décadas.

 

Quais os desafios em incentivar a pluralidade nas empresas?

Além de ser muito importante a aderência a uma cultura inclusiva para a organização que busca sobreviver ao longo do tempo, a forma de implementação das políticas de inclusão podem ser delicadas e demandam atenção por parte dos dirigentes e de todos os funcionários. Divulgar que é inclusiva é fácil, mas implementar a inclusão no ambiente corporativo é o cerne da questão.

Além todas as mudanças nas políticas, precisa ser feito um investimento na conscientização e no preparo de líderes que podem ser resistentes a uma nova cultura organizacional colaborativa e plural, bem diferente daquela tipicamente observada entre as décadas de 1960 e 1980.

Abaixo, destacamos como os principais atores da organização podem promover esse ambiente plural de modo eficiente e natural:

 

Líderes

 A cultura da empresa e a atitude dos times geralmente é um reflexo direto da liderança. A liderança é responsável por propagar a cultura corporativa, manter suas equipes coesas, produtivas e motivadas, respeitando e incentivando a pluralidade e as particularidades de cada membro de sua equipe.

Muitos gestores optam por contratar pessoas semelhantes a elas mesmas, mas essa escolha pode gerar uma falsa impressão de um time mais harmonioso, pois o pensamento dos integrantes da equipe tende a caminhar no mesmo sentido, potencialmente impedindo oportunidades de inovação ou mesmo proximidade com a realidade do público alvo total ou parcial da empresa.

Gestores capazes de enxergar diferenças como algo positivo conseguem impulsionar o desenvolvimento técnico e comportamental de sua equipe e, no longo prazo, estão mais propensos a criar um time vencedor e futuros líderes.

Recursos Humanos

A equipe de Recrutamento e Seleção (R&S) precisa estar atenta e treinada para conduzir os processos de forma imparcial e sem pré-julgamentos. Muitas vezes, vieses no processo seletivo, com perguntas mal elaboradas, constrangedoras, exclusivas, e até mesmo ilegais, acabam propagando a intolerância e discriminação dentro do trabalho.

Os times de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) e Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO), também têm como responsabilidades desenvolver, implementar e fomentar iniciativas que tornam temas de diversidade e inclusão tão enraizados na cultura, que os colaboradores não lembrariam de um período em que isso não fosse praticado.

Há de se ter muita cautela, por exemplo, na implementação de códigos de vestimenta, ainda que em ambientes formais, pois a eventual da imposição de regras consideradas sexistas pelos colaboradores pode impactar negativamente na imagem da empresa interna e externamente.

O RH tem o dever de ser o guardião de uma cultura organizacional que promove diversidade e inclusão. O impacto positivo pode ser visto através da empatia, respeito, motivação, felicidade e produtividade dos colaboradores assim como medido em pesquisas de satisfação, clima e engajamento e indicadores de retenção e turnover.

Clima organizacional

Empresas tendem a buscar profissionais que tenham valores, inteligência emocional e demonstrem atitudes que estejam em linha com o DNA da empresa. Profissionais que ao naturalmente ter fit cultural com a empresa, precisarão de menos treinamento e serão embaixadores promotores da cultura organizacional.

Por isso, é importante que a visão de diversidade e inclusão da empresa seja igualmente representada por seus colaboradores.

Comunicação interna

Falta de informação ou o desalinhamento geram muito conflito corporativo.

As empresas devem investir muito em uma comunicação transparente e coesa para toda organização de forma a evitar silos e alinhar que todos sigam as mesmas diretrizes e remem na mesma direção.

Iniciativas podem ser desenvolvidas em comitês com a coparticipação de diversos stakeholders e contar com o apoio de diversas frentes para se tornarem ações relevantes para os colaboradores. Para que todos estejam “na mesma página”, uma boa comunicação interna é fundamental para divulgar as iniciativas de inclusão que estiverem sendo tomadas e tornar toda a jornada dos atuais e futuros colaboradores, o employee experience, ainda mais confortável.

Marketing

O Marketing tem a importante missão de fazer a comunicação externa e transmitir para o mercado a cultura organizacional e todas as ações e iniciativas que são realizadas pela empresa, fortalecendo o seu employer branding para atrair os melhores talentos.

Ainda, por exemplo, caso a empresa seja ligada ao varejo, o setor de marketing prescinde de diversidade em seu próprio core para evitar que sejam divulgadas propagandas que possam ser consideradas racistas, sexistas ou de cunho pejorativo à pessoas com deficiência (PCDs), à orientação sexual ou características físicas, potencialmente prejudicando a marca ao transpor uma mensagem ultrapassada ou repudiada pelo público, podendo, inclusive, trazer implicações legais à empresa.

Profissionais

Os jovens estão valorizando cada vez mais as instituições que investem na inclusão e na diversidade, da mesma forma que se sentem atraídos em fazer parte de organizações que se dedicam às medidas de proteção ao meio ambiente. A visão de mundo desses novos profissionais certamente refletirá na escolha dos locais nos quais gostariam de trabalhar, uma vez que conseguem se visualizar a longo prazo naquela organização.

É certo que todos fazemos parte de um único planeta e precisamos cuidar das pessoas e do ecossistema com respeito e empatia, e, além disso, é preciso reconhecer as mudanças sociais e os novos profissionais que estão surgindo e, um dia, farão parte do alto da pirâmide coorporativa.

 

Qual a importância de se tornar uma empresa socialmente responsável?

Quando superados os desafios apresentados acima, as empresas já começam a perceber a importância e os impactos benéficos que essas iniciativas podem proporcionar:

 

Fortalecimento da marca empregadora

Quando uma instituição se torna socialmente responsável, atrai diversos perfis de candidatos que compartilham dos mesmos valores e propósito, e tendem a ser mais tolerantes e flexíveis justamente por enxergar valor nas diferenças.

Com mais pessoas de alto potencial se candidatando às vagas e passando por uma boa experiência durante o processo seletivo, mesmo os profissionais não aprovados divulgarão a experiência positiva que tiveram com a marca, fazendo uma propaganda externa positiva que, sem dúvida, refletirá no mercado e gerará frutos tangíveis e intangíveis para organização.

Redução de conflitos internos

Com uma política interna que contempla a inclusão e a diversidade, o respeito, a empatia e a boa convivência entre todos os colaboradores, os conflitos deixam de ser conflitos destrutivos e se tornam divergências construtivas, que agregam valor.

Investir na diversidade e na inclusão é promover um clima organizacional pautado na tolerância, na capacidade de ouvir o outro, e na busca pela melhor solução.

Elevação dos resultados

Com o estímulo de diferentes opiniões e inputs de vários pontos de vista para chegar a uma melhor solução, mais alternativas são levantadas e o resultado tende a ser melhor. Essa melhoria aparece em forma redução de problemas e de retrabalho, na otimização das tarefas, mais trabalho em equipe, e superação de metas de desempenho.

Aumento da criatividade

Quando times são compostos com diversidade, a criatividade é incentivada e a variedade de pensamentos é grande. As pessoas são encorajadas a sair de sua própria zona de conforto e a contribuição de cada um é incentivada, mesmo porque, cria-se um ambiente de alta tolerância aos pensamentos divergentes. Inclusive, existem metodologias que fomentam inovação e criatividade que não funcionam com poucas pessoas ou um pensamento homogêneo.

Se preocupar com a diversidade e inclusão no mercado de trabalho tem sido uma decisão de sucesso para as empresas que estão investindo nessa mudança, pois, ao perceberem que talento não depende de gênero, raça, cor, país, religião, características físicas ou orientação sexual, essas organizações se tornam mais bem vistas por um público crescente de indivíduos socialmente conscientes.

 

Considerações finais

É cada vez maior o número de empresas que olham para o conceito de triple bottom line, Corporate Social Responsibility (CSR) e Environment Social Governance (ESG). Uma cultura organizacional que fomenta respeito, diversidade e inclusão, tende a desenvolver líderes e equipes de sucesso, na medida em que alavancam as diversas perspectivas, propulsionando o seu negócio e, ainda, criando um impacto positivo na sociedade.

O que acha de ser um porta-voz de responsabilidade social? Compartilhe nosso conteúdo em suas redes sociais e ajude a promover a diversidade e a inclusão nas organizações!

 

 

 

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