O Dia Internacional do Trabalhador e sua história

Dia do Trabalhador

O Dia Internacional dos Trabalhadores, também conhecido como Dia Internacional do Trabalhador, muitas vezes é lembrado apenas como mais um dia de feriado e descanso, o que é injusto quando pensamos em tudo o que essa data representa e as conquistas que são celebradas a partir desta comemoração. O Dia Internacional do Trabalhador é um marco na história mundial e carrega um legado cheio de lutas e vitórias por melhores condições de trabalho.

Em uma realidade onde o desemprego cresce cada vez mais em meio à crise decorrente da pandemia da COVID-19, os profissionais sentem ainda mais a importância e a necessidade de estarem empregados e poderem sustentar suas famílias, mas, infelizmente, nem todos os países oferecem recursos para as pessoas mais prejudicadas se manterem durante esse momento de escassez.

Neste artigo, vamos nos aprofundar nas conquistas históricas dos trabalhadores e nas evoluções a partir das gerações para que possamos celebrar o real significado do Dia Internacional do Trabalhador. Confira!

 

As origens do Dia do Trabalho

Também chamado de Dia do Trabalho ou Festa do Trabalho, o Dia Internacional do Trabalhador deve ser comemorado como uma memória à resistência.

Afinal, foi a partir das manifestações e greves dos trabalhadores que foi iniciado um movimento legislativo para a criação de normas de proteção aos trabalhadores, como o estabelecimento de condições mínimas de segurança e da jornada de trabalho, que, no século XIX alcançava 16 horas por dia, sem direito a descanso remunerado e a férias.

Sob a inspiração de Karl Marx, surgiu em 1864 a Associação Internacional dos Trabalhadores, que, a partir de reuniões, congressos e movimentos grevistas buscava implementar uma jornada mais digna para os trabalhadores. A Primeira Internacional, como ficou conhecida essa Associação, marcou a luta operária mundial, que teve a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias como principal bandeira.

Em 1º de maio de 1886, a Revolta de Haymarket de Chicago traria consigo bons avanços para o direito dos trabalhadores quando os principais polos industriais dos Estados Unidos (Chicago, Nova York, Detroit e Milwaukee) tiveram suas produções paralisadas por uma greve cujo slogan era “Eight hour day with no cut in pay” (Oito horas por dia sem redução de salário), e que buscava uma redução na jornada de trabalho para 8 horas diárias. A greve geral envolveu cerca de 340.000 trabalhadores de todo país e foi intensamente reprimida pelos empregadores da cidade à época, configurando-se em um confronto marcado pela violência para com os trabalhadores.

Impacto no mundo

Esses acontecimentos tomaram proporções mundiais por meio dos jornais americanos e chegaram até a Europa, influenciando os movimentos sindicais. No dia 20 de junho de 1889, passados vários movimentos em prol da melhoria de condições de trabalho e outros direitos dos trabalhadores, a Segunda Internacional, associação livre de partidos socialdemocratas e trabalhistas, integrada tanto por elementos revolucionários quanto reformistas, teria influência crucial para a ampliação da causa operária pelo mundo.

Apesar do fim da Primeira Internacional, o ideal internacionalista seguiu vivo e, com a influência dos movimentos de trabalhadores também da América do Norte, a Segunda Internacional surge em 1889 através de reuniões e congressos entre membros de partidos operários e socialistas.

Em homenagem às lutas sindicais de Chicago, em 1891, a Segunda Internacional Socialista aprovou em seu congresso em Bruxelas que o dia 1° de Maio seria de demonstração única para todos os trabalhadores do mundo, convocando-se anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pela jornada de 8 horas de trabalho por dia.

Com isso, o dia primeiro de maio passou a ser adotado ao redor do mundo todo como um símbolo contra a exploração do trabalhador e, nos anos que seguiram à sua criação, o dia era marcado por manifestações, muitas vezes violentamente reprimidas, mas não era feriado.

A ideia de tornar a data um feriado veio das classes dominantes do capital, dos empregadores, que, ao transformarem o dia em um feriado, com celebrações e festas, buscavam ocultar e reduzir o espírito de combatividade e resistência da ocasião.

 

O Dia Internacional do Trabalhador no Brasil

Quando comparamos com a Europa e os Estados Unidos, a industrialização no Brasil foi tardia. Enquanto a Revolução Industrial acontecia no início do século XIX na Inglaterra, no nosso país, uma massa operária começou a se formar com maior êxito no início do século XX.

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Apesar da primeira manifestação em comemoração ao dia 1º de Maio ter ocorrido em 1892 em Porto Alegre, a massa operária brasileira ainda não se encontrava muito organizada à época, tendo a manifestação sido alvo de intensa repressão pela polícia.

A primeira greve geral no Brasil aconteceu em 1917, na qual os trabalhadores exigiam, entre outras reivindicações, fim da jornada de 12 horas, melhores salários e fim do trabalho noturno para mulheres e menores. Com uma economia opressora e uma inflação em níveis exorbitantes, o movimento teve seu início a partir do assassinato de um jovem pela polícia em frente a uma indústria têxtil no Estado de São Paulo.

Em 1924, o presidente Artur Bernardes instaurou o feriado de 1º de maio, por meio de um decreto. Mas, em 1930, o presidente Getúlio Vargas mudou a nomenclatura do feriado de Dia do Trabalhador, para o Dia do Trabalho, a fim de popularizar a data e transformá-la em uma festividade, deturpando o verdadeiro sentido da memória daqueles que lutaram por melhores condições para exercerem suas funções com dignidade e qualidade.

Em 1943, ainda no governo de Getúlio Vargas foi criada e sancionada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), também no dia 1º de maio.

 

A importância da luta operária para a evolução das relações de trabalho

Apesar das constantes lutas por melhores condições de trabalho, em alguns lugares do mundo ainda há muito o que ser feito. As lutas pela erradicação do trabalho escravo, pela melhoria dos salários e compatibilidade destes com o custo de vida, e preconceitos de gênero são desafios constantes na luta dos trabalhadores brasileiros.

Contudo, muito já foi conquistado pela classe trabalhadora até aqui, em especial através dos sindicatos, nascidos no contexto de industrialização e consolidação do capitalismo na Europa a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial.

No Brasil, o movimento sindical era ditado por iniciativas dos trabalhadores ou por partidos políticos, de uma forma autônoma. Com a Criação do Ministério do Trabalho por Getúlio Vargas em 1930, os sindicatos passam a ser submetidos ao controle do Estado, criando uma série de regras para os sindicatos.

No entanto, ainda que sob o controle do Estado o movimento sindical crescia, atingindo seu ápice na década de 1960, quando passou a enfrentar grandes repressões com a Ditadura Militar de 1964.

Atualmente, os sindicatos perderam força ao longo dos anos, principalmente a partir da Reforma Trabalhista, mas é importante salientar a importância de sua existência nas conquistas dos direitos trabalhistas, como a obrigatoriedade do pagamento do 13º salário aos empregados celetistas, as férias remuneradas, o salário mínimo e o seguro-desemprego.

 

É a força do trabalho humano que move o mundo!

Com o passar do tempo, muitos trabalhadores passaram a enxergar o trabalho para além de um meio de sobrevivência financeira, passando a buscar no campo profissional um alinhamento com os valores internos e propósito de vida. Com isso, as empresas estão redefinindo seu escopo de trabalho e tipo de benefícios para tentarem atrair e reter profissionais no mercado.

Quando os profissionais reconhecem o seu valor e buscam o protagonismo de suas carreiras, conhecem seus direitos e obrigações, podem buscar melhores soluções para o seu crescimento profissional e para o desenvolvimento das organizações, então não deixe de ficar por dentro do que acontece na sua profissão!

Nós da Sim Carreira acreditamos que a contribuição de cada indivíduo é essencial para o desenvolvimento e sucesso de todas as organizações e da sociedade, porque é a força do trabalho humano que move e sempre moverá o mundo. E, porque acreditamos que as lutas dos trabalhadores devem ser celebradas, começamos a nossa história no dia 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, e temos como missão alavancar o talento e o potencial que existem em cada um(a) para transformar a vida profissional das pessoas e construir uma sociedade melhor. Juntos somos mais fortes!

 

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