Você já ouviu falar em profissional laranja podre? A expressão “laranja podre” no ambiente corporativo é usada para descrever um funcionário cujo comportamento negativo, atitudes tóxicas ou falta de ética têm um efeito prejudicial sobre a equipe e a cultura organizacional.
A origem dessa metáfora vem do ditado popular “uma maçã podre estraga o barril”, indicando que um indivíduo problemático pode contaminar ou influenciar negativamente todo o grupo.
Ignorar os sinais de um profissional laranja podre pode gerar sérias consequências para o ambiente corporativo. Esse tipo de colaborador, quando não é identificado e acompanhado adequadamente, tende a comprometer o desempenho da equipe, estimular conflitos e até provocar a saída de talentos.
Por isso, reconhecer e agir diante desse perfil é essencial para preservar a cultura organizacional e manter um clima saudável e produtivo.
Neste conteúdo, vamos compreender sobre essa expressão, como identificar esse perfil e como não se tornar o funcionário “laranja podre” da equipe. Confira!

Índice
Origem da Metáfora da Laranja Podre
A ideia de que uma única fruta podre pode estragar as outras no mesmo recipiente é uma metáfora antiga, mas ainda extremamente atual — e amplamente compreendida.
No ambiente corporativo, ela ganha força ao ilustrar como o comportamento de um único indivíduo pode contaminar todo o grupo.
Um profissional com atitudes negativas, falta de ética ou comportamentos tóxicos pode gerar um efeito cascata dentro da equipe, afetando não apenas o clima organizacional, mas também a moral, o engajamento e a produtividade coletiva.
Essa influência pode ser sutil e gradual, mas, quando não é identificada e tratada, tende a se espalhar silenciosamente, comprometendo a saúde da empresa como um todo.
Comportamentos que indicam um profissional “laranja podre”
Identificar um profissional “laranja podre” no ambiente corporativo pode ser desafiador, mas certos comportamentos são indicativos de que um funcionário pode estar tendo um impacto negativo sobre a equipe e a organização.
Destacamos alguns comportamentos típicos que podem sinalizar que alguém é uma “laranja podre”:
Negatividade contínua
Está sempre reclamando sobre o trabalho, colegas, gestão ou empresa e tem uma visão consistentemente negativa sobre projetos e perspectivas da empresa.
Falta de ética e integridade
Frequentemente manipula informações, ignora políticas e procedimentos da empresa, ou mente, tomando ações inadequadas ou antiéticas.
Conflito e desrespeito
Provoca ou participa de desentendimentos e brigas com colegas e trata os pares, subordinados ou superiores com desrespeito e falta de consideração.
Falta de trabalho em equipe
Não coopera ou colabora com os outros, preferindo trabalhar sozinho ou ignorando a contribuição dos colegas. Também pode ser responsável por atrapalhar o trabalho de outros ou da equipe.
Baixo desempenho
Tem um desempenho significativamente inferior ao esperado e não mostra interesse em melhorar. Adia constantemente tarefas importantes, afetando os prazos e a produtividade da equipe.
Vale ressaltar que um profissional de alta performance também pode ser uma laranja podre e impactar negativamente na cultura da empresa.
Fofocas e rumores
Envolve-se em fofocas e espalha rumores maliciosos que podem prejudicar a reputação de colegas e da empresa, criando divisões e desconfiança dentro da equipe.
Resistência à mudança
Opõe-se constantemente a mudanças e inovações, dificultando a adaptação da equipe e da empresa a novas circunstâncias e tenta minar novos projetos ou iniciativas.
Atitudes negativas em relação à autoridade
Desafia frequentemente decisões e instruções da gestão sem uma base construtiva, ignorando ou desrespeitando as diretrizes da liderança.
Desmotivação e desinteresse
Mostra pouco ou nenhum interesse e engajamento nas atividades da empresa e no seu próprio desenvolvimento profissional. Pode influenciar negativamente outros funcionários, espalhando desânimo.
Falta de responsabilidade
Não assume responsabilidade por seus erros ou falhas e tenta culpar outros. Mostra falta de organização e planejamento, resultando em trabalho de baixa qualidade.
Impactos que um profissional “laranja podre” causa na equipe
A presença de um profissional “laranja podre” em uma equipe pode ter diversos impactos negativos, afetando tanto o ambiente de trabalho quanto o desempenho coletivo.
Abaixo, listamos impactos que um profissional laranja podre pode ter:
- O comportamento negativo de uma “laranja podre” pode desmotivar outros membros da equipe, levando a uma queda geral no entusiasmo e na moral;
- A negatividade e o comportamento prejudicial podem criar um ambiente de trabalho tóxico, onde os funcionários se sentem desvalorizados e infelizes;
- Conflitos e tensões geradas por um funcionário tóxico podem distrair a equipe de suas tarefas principais, reduzindo a produtividade;
- A falta de colaboração e o comportamento destrutivo podem impedir a equipe de alcançar seus objetivos de maneira eficaz;
- Trabalhar com uma “laranja podre” pode aumentar o nível de ansiedade dos colegas, levando a um ambiente de trabalho mais tenso e menos saudável;
- O estresse elevado pode resultar em aumento de problemas de saúde e absenteísmo, prejudicando ainda mais a produtividade da equipe;
- Comportamentos como fofocas e manipulações podem corroer a confiança entre os membros da equipe, dificultando a colaboração e a comunicação;
- Se a gestão não lida adequadamente com a “laranja podre”, isso pode diminuir a confiança dos funcionários na liderança e na administração da empresa;
- Um comportamento tóxico não tratado pode minar os valores e a cultura organizacional, afetando a integridade e a ética da empresa;
- A presença prolongada de uma “laranja podre” pode levar à formação de uma cultura organizacional negativa, onde o comportamento inadequado se torna normatizado;
- Funcionários valiosos podem optar por deixar a empresa para evitar o ambiente negativo, resultando em perda de talentos e aumento dos custos de recrutamento e treinamento;
- A reputação de um ambiente de trabalho tóxico pode dificultar a captação de talentos;
- A qualidade do trabalho pode ser comprometida devido à falta de cooperação e ao baixo moral;
- Projetos podem sofrer atrasos ou falhar em alcançar as metas devido à ineficiência e aos conflitos internos.
- A reputação da empresa pode ser prejudicada se clientes, parceiros ou outros stakeholders perceberem o impacto negativo causado pelo comportamento tóxico dentro da organização;
- A insatisfação dos funcionários pode se refletir no atendimento ao cliente e na qualidade dos produtos ou serviços oferecidos.
Como agir diante de um “laranja podre” na equipe
Lidar com um “laranja podre” no ambiente corporativo requer uma abordagem cuidadosa e estratégica, pois as consequências de uma gestão inadequada podem comprometer não só o desempenho individual, mas também o clima e a produtividade de toda a equipe.
É fundamental agir com equilíbrio, combinando compreensão para identificar as causas do comportamento tóxico e firmeza para estabelecer limites claros e expectativas.

Além disso, o processo deve envolver comunicação aberta, feedback construtivo e acompanhamento contínuo, garantindo que o profissional tenha oportunidades reais de mudança antes de decisões mais drásticas serem tomadas.
Somente assim é possível preservar a saúde organizacional e promover um ambiente de trabalho saudável e colaborativo.
1. Identificação e avaliação
- Monitorar o comportamento do funcionário para entender a extensão e o impacto de suas ações negativas.
- Recolher feedback de colegas e subordinados para obter uma visão completa sobre como o comportamento da “laranja podre” está afetando a equipe.
2. Conversa direta e feedback
- Organizar uma reunião privada com o funcionário para discutir suas observações e preocupações.
- Fornecer feedback específico sobre os comportamentos problemáticos, usando exemplos concretos.
- Ouvir a perspectiva do funcionário para entender possíveis causas subjacentes ao comportamento.
3. Definição de expectativas e metas
- Deixar claro quais comportamentos são inaceitáveis e quais são esperados.
- Estabelecer metas específicas e mensuráveis para a melhoria do comportamento, com prazos definidos.
4. Suporte e recursos
- Oferecer oportunidades de treinamento para desenvolver habilidades comportamentais e de comunicação.
- Envolver mentores e coaches que possam ajudar o funcionário a fazer mudanças positivas.
- Considerar oferecer suporte psicológico ou aconselhamento se o comportamento negativo estiver relacionado a questões pessoais ou emocionais.
5. Monitoramento contínuo
- Realizar avaliações regulares para monitorar o progresso do funcionário em relação às metas estabelecidas.
- Continuar fornecendo feedback construtivo e reconhecer melhorias no comportamento.
6. Intervenção disciplinar
- Se o comportamento não melhorar, emitir advertências formais, documentando cada passo do processo.
- Desenvolver um plano de ação disciplinar claro, explicando as consequências de uma continuação do comportamento problemático.
7. Tomada de decisão final
- Avaliar o progresso após um período definido. Se não houver melhorias significativas, pode ser necessário considerar medidas mais severas.
- Se todas as tentativas de reabilitação falharem, pode ser necessário demitir o funcionário para proteger a equipe e a organização.
8. Prevenção futura
Adotar processos de contratação rigorosos para identificar candidatos com atitudes e comportamentos alinhados aos valores da empresa. Uma opção é contar com uma consultoria de recrutamento e seleção para melhorar as contratações.
Promover uma cultura organizacional que valorize a comunicação aberta, a colaboração e o respeito mútuo.
Estabelecer políticas claras sobre comportamento no local de trabalho e consequências para violações.
Contar com o apoio de uma consultoria de RH para realizar pesquisas, palestras e apoiar a fomentar uma cultura organizacional saudável e positiva.
Conclusão
Lidar com um “laranja podre” requer um equilíbrio entre compaixão e firmeza. Fornecer oportunidades para a melhoria, juntamente com um acompanhamento consistente e medidas corretivas quando necessário, é crucial para manter um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
A proteção da moral e da produtividade da equipe deve ser uma prioridade, e a tomada de ações decisivas é essencial para garantir a saúde organizacional e crescimento no longo prazo.
Além disso, é fundamental que a liderança promova uma cultura de transparência e comunicação aberta, onde os colaboradores se sintam à vontade para relatar comportamentos inadequados sem medo de retaliação.
Isso fortalece o ambiente de confiança e contribui para a prevenção do surgimento de novos perfis tóxicos, garantindo a sustentabilidade do clima organizacional.
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Perguntas frequentes sobre o profissional laranja podre e seus impactos na equipe
O que é um profissional laranja podre?
Um profissional laranja podre é um funcionário cujo comportamento negativo, atitudes tóxicas ou falta de ética causam prejuízos ao ambiente de trabalho, afetando a equipe e a cultura organizacional como um todo.
Qual a origem da expressão “laranja podre” no ambiente corporativo?
A expressão vem da metáfora popular de que uma fruta podre estraga as outras no mesmo recipiente, simbolizando como um colaborador problemático pode contaminar e influenciar negativamente todo o grupo dentro da empresa.
Quais comportamentos indicam que alguém é um profissional laranja podre?
Alguns sinais comuns incluem negatividade constante, falta de ética, conflitos frequentes, resistência à mudança, fofocas, baixo desempenho, desrespeito à autoridade e desinteresse pelo trabalho.
Um profissional de alta performance pode ser considerado um laranja podre?
Sim, um colaborador pode apresentar alta performance em resultados e ainda assim ter atitudes tóxicas que prejudiquem a cultura da empresa, tornando-se um profissional laranja podre.
Como identificar um profissional laranja podre na equipe?
Por meio da observação contínua do comportamento, recolhendo feedbacks de colegas e avaliando os impactos negativos que o funcionário causa no time e nos resultados.