Demissão em massa: impactos dos desligamentos em massa

Demissão em massa

O que empresas como Google, Amazon, Microsoft e Apple têm em comum? Além de serem gigantes do setor de tecnologia, todas elas realizaram a demissão em massa de funcionários após a pandemia de COVID-19.

Esses desligamentos coletivos fazem parte de um fenômeno global. Até mesmo empresas brasileiras, principalmente do setor de tecnologia e varejo, têm adotado essa prática.

Segundo dados da plataforma Layoff Brasil, mais de 150 empresas brasileiras realizaram demissões coletivas em 2023. Aparentemente, essa prática de demissão coletiva deve continuar em 2024. Mais de 10 empresas já demitiram funcionários em massa apenas nos dois primeiros meses deste ano.

Mas por que até mesmo empresas que obtiveram lucros significativos estão adotando essa prática? Neste artigo, responderemos essa pergunta e como as empresas podem tornar esse processo de desligamento mais humanizado.

 

O que caracteriza demissão coletiva?

A demissão em massa ocorre quando a empresa dispensa de forma definitiva vários funcionários ao mesmo tempo.

Os únicos pré-requisitos para que seja configurado esse tipo de demissão é a ocorrência de vários desligamentos no mesmo período, sendo que todas as dispensas são justificadas da mesma forma.

Além disso, geralmente os funcionários demitidos não são substituídos na empresa. Em vez disso, seus postos de trabalho são fechados e suas responsabilidades redistribuídas para os colaboradores que permanecem na organização.

 

Qual a diferença entre lay off e demissão em massa?

É comum encontrar notícias e publicações nas redes sociais que utilizam a palavra “lay off” como sinônimo de demissão em massa.

 

É permitido demissão em massa no Brasil?

Sim. No entanto, até o início de 2024, não existem normas legais que regulamentam a demissão coletiva no Brasil. Por isso, a caracterização desse tipo de dispensa tem sido baseada no entendimento dos tribunais trabalhistas.

As decisões registradas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) indicam que não existe um número mínimo de desligamentos que caracterizam a demissão coletiva.

Porém, as empresas só podem adotar essa prática por um motivo socialmente justo. Por exemplo, problemas financeiros, reestruturação da empresa, entre outros motivos.

Além disso, em junho de 2022, o Superior Tribunal Federal (STF) decidiu que as empresas precisam fazer uma negociação prévia com os sindicatos antes de fazer a demissão em massa.

Embora a negociação seja imprescindível, a decisão do STF não condiciona a demissão coletiva à negociação com o sindicato. Ou seja, as empresas não precisam da autorização dos sindicatos para adotarem essa medida.

Apesar disso, os empregadores podem negociar com o sindicato antes de desligar os funcionários para evitar problemas no futuro e tornar a prática mais transparente.

 

Por que está ocorrendo tanta demissão em massa no Brasil?

A onda de demissões coletivas que tem sido registrada no Brasil é resultado de uma combinação de fatores.

Um deles é o aumento da taxa básica de juros dos Estados Unidos. O Federal Reserve (FED) tem aumentado a taxa de juros desde 2022. Em resumo, a decisão é uma resposta ao aumento da inflação no país, desestimulando os investimentos.

Nesse cenário, os investidores preferem alocar seus recursos em locais mais seguros e rentáveis. Por isso, eles deixaram de investir tanto em países emergentes, como o Brasil, onde o investimento é considerado mais arriscado.

Como resultado, empresas brasileiras não estão recebendo o volume de investimentos que esperavam. Ao mesmo tempo, elas estão enfrentando mais dificuldade para fazer empréstimos e conseguir capital para financiar seus projetos.

A dificuldade de acesso ao crédito e a escassez de capital levaram várias empresas a “enxugar” sua estrutura operacional. Em vez de projetos de expansão e abertura de novos postos de trabalho, elas decidiram reduzir o quadro de funcionários.

demissão em massa

Mesmo grandes corporações que registraram resultados positivos nos últimos anos, como as gigantes da tecnologia, têm adotado a reestruturação para manter sua eficiência e lucro.

E com o apoio de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa, essa reestruturação ficou mais fácil. Afinal, a IA tem sido utilizada para otimizar processos e substituir profissionais.

Embora a eficiência dessa prática ainda gera discussões, esse movimento deve continuar.

Para se ter uma ideia, um relatório da Goldman Sachs divulgado em 2023, revelou que cerca de 300 milhões de vagas de emprego em tempo integral podem ser substituídas por ferramentas de automação na próxima década.

Isso mostra que o avanço tecnológico também deve impactar as decisões das empresas brasileiras nos próximos anos, incluindo a demissão e contratação dos funcionários.

 

Como fazer uma demissão em massa mais humanizada?

Seja qual for o motivo que leva a empresa a adotar a demissão em massa, é importante que ela saiba como conduzir esse processo.

Afinal, o desligamento coletivo não só abala a autoestima e a carreira dos profissionais desligados, mas também pode afetar negativamente a marca empregadora e o clima organizacional da empresa.

Por isso, o ideal é que a organização adote estratégias para tornar esse momento o menos desconfortável e traumático possível.

Confira abaixo algumas sugestões de estratégias que podem ser utilizadas com essa finalidade.

Seja transparente com os funcionários que serão desligados

A comunicação eficaz é a chave desse processo. Simplesmente mandar uma mensagem comunicando aos funcionários a decisão da empresa não é o melhor caminho.

O ideal é nomear um porta-voz para essa notícia, que normalmente é o líder ou gestor do setor. Esse profissional deve entrar em contato com os colaboradores e comunicar seu desligamento.

Nesse momento, é importante que ele explique o motivo usando o máximo de informações possíveis sobre o momento e a decisão da empresa.

Cuide dos colaboradores que ficaram na empresa

A demissão em massa pode afetar o moral dos funcionários que permanecem na empresa, impactando sua produtividade e o clima organizacional do negócio. Por esse motivo, é importante agir de forma transparente e responsável com aqueles que permaneceram no negócio.

Marcar uma reunião para explicar as decisões da empresa e tirar dúvidas é importante para garantir a transparência desse processo.

Além disso, pode ser necessário criar um programa de demissão voluntária para os profissionais que se sentirem inseguros com o momento de instabilidade da organização e preferem buscar novas oportunidades de trabalho.

Invista em outplacement

outplacement é um serviço de recolocação profissional. As empresas podem contratar especialistas para ajudar os funcionários demitidos a encontrarem uma nova colocação no mercado de trabalho.

Essa prática auxilia a reduzir os impactos da demissão coletiva, já que o empregador oferece uma orientação profissional especializada aos colaboradores.

Ou seja, eles não saem da empresa sem nenhuma perspectiva. Em vez disso, recebem o apoio necessário para retornar ao mercado de trabalho.

Conte com o apoio de uma consultoria de RH

O apoio de uma consultoria de Recursos Humanos (RH) com experiência em desligamento de pessoal é fundamental para humanizar esse processo.

Esse tipo de consultoria conta com especialistas capacitados a auxiliar a empresa desde o processo de planejamento da demissão coletiva até o outplacement.

Com o suporte desses especialistas, lidar com esse momento delicado e se preparar para iniciar uma nova fase se torna mais adequado.

Procurando uma consultoria de RH confiável e reconhecida no mercado? Entre em contato com a equipe da Sim Carreira e veja como podemos te ajudar!

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CEO de Empresa de Recrutamento e Seleção e Headhunter Especializado

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